Por Pr. Carlos Henrique Ribeiro
Quando Deus instituiu e organizou o culto a ele enquanto o povo estava no deserto, ele separou a tribo de Levi para trabalhar exclusivamente nestas funções que surgiram em consequência disso. Da tribo de Levi saíram os sacerdotes e os trabalhadores da “tenda do Senhor”, posteriormente o templo. Deus, então, instituiu o dízimo (10 por cento) do que cada família ganhasse para isso. O dízimo não começou a ser praticado ali. Já havia esta prática entre os egípcios, gregos e romanos. Deus apenas utilizou esta forma de contribuição que já era praticada. O povo judeu entregava o dízimo e, também, ofertas voluntárias, como foi o caso de quando foi feita a campanha para a construção da tenda e equipamento e, também, no tempo de Davi, a campanha para a construção do Templo.
Quando Jesus veio, esta prática ainda estava em vigor. “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas” (Mateus 23:23). Vê-se aqui que ele não está condenando o ato de dar o dízimo, mas, o dar sem praticar a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Em Mateus 22.21, está registrado outro ensino de Jesus: “De César”, responderam eles. E ele lhes disse: “Então, deem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Aqui, eu vejo que ele ensina sobre o dever de pagar os impostos ao governo, mas, também, o de entregar a parte de Deus, o dízimo. O próprio Jesus praticava, se não o fizesse, ele estaria, diante da Lei, em pecado.
Quando o cristianismo se desenvolveu enquanto religião organizada, havendo necessidade de sustentar os obreiros e os templos, a prática do dízimo foi utilizada. Se o próprio Deus escolheu esta forma de sustentar o culto a ele no Antigo Testamento, não tinha lógica buscar outra forma, pois, Deus sabe o que faz.
Hoje, as igrejas cristãs continuam utilizando esta prática para o seu sustento. Os crentes que dizimam o fazem como gratidão e reconhecimento de que Deus os tem abençoado; por amor à igreja e à obra de expansão do Reino de Deus na terra; e por saber que isso agrada a Deus. Esperamos que cada membro da IBBN seja um dizimista.