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CIDADÃOS DE DUAS PÁTRIAS

Por Pr. Carlos Henrique - Mensagens Diárias de 16/10/2020

Jesus nos ensinou que somos cidadãos de dois mundos. Na chamada oração sacerdotal, ele disse: “Não ficarei mais no mundo, mas eles ainda estão no mundo, e eu vou para ti. [...] Eles não são do mundo, como eu também não sou” (João 17:11,16). Nos tornamos cidadãos dos céus quando aceitamos Jesus como aquele que morreu para pagar a penalidade por nossos pecados. Com esta crença e fé, o Espírito Santo nos transforma em cidadãos do Reino de Deus. Foi Jesus quem disse isto: “Digo a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus se não nascer da água e do Espírito” (João 3:5).


Os primeiros cristãos entenderam muito bem essa dupla cidadania. No ano 120, o cristianismo estava em plena expansão, chamando a atenção das demais pessoas pelo modo de vida e, principalmente, a solidariedade e a fraternidade entre eles. Um não cristão pediu a um cristão que falasse sobre eles. Assim, surgiu a “Carta a Diogneto”. Fiz um recorte e vou compartilhar com vocês. Ouça:

“Os cristãos não se distinguem dos demais homens, nem pela terra, nem pela língua, nem pelos costumes. Nem, em parte alguma, habitam cidades peculiares, nem usam alguma língua distinta, nem vivem uma vida de natureza singular. Nem uma doutrina desta natureza deve a sua descoberta à invenção ou conjectura de homens de espírito irrequieto, nem defendem, como alguns, uma doutrina humana. Habitando cidades Gregas e Bárbaras, conforme coube em sorte a cada um, e seguindo os usos e costumes das regiões, no vestuário, no regime alimentar e no resto da vida, revelam unanimemente uma maravilhosa e paradoxal constituição no seu regime de vida político-social. Habitam pátrias próprias, mas como peregrinos: participam de tudo, como cidadãos, e tudo sofrem como estrangeiros. Toda a terra estrangeira é para eles uma pátria e toda a pátria uma terra estrangeira. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam à violência os recém-nascidos. Servem-se da mesma mesa, mas não do mesmo leito. Encontram-se na carne, mas não vivem segundo a carne. Moram na terra e são regidos pelo céu. Obedecem às leis estabelecidas e superam as leis com as próprias vidas”.

Como os primeiros cristãos, precisamos viver aqui como cidadãos dos céus, com a missão de levar a mensagem de Jesus para que mais pessoas se tornem cidadãs do Reino de Deus, ajudando-as a viverem como tais e, juntos, aguardarmos a consumação do Reino de Deus. Mas, enquanto isso, precisamos trabalhar para que este mundo, criado por Deus, se mantenha um lugar saudável.

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