Por Alícia Brito
O cristianismo é mesmo desafiador. Ordena que amemos nossos inimigos e que no que depender de nós, tenhamos paz com todos os homens. Um desafio tão atual e talvez deixado de lado muitas vezes, em discussões que claramente não levam a lugar nenhum.
É fácil amar e ter paz com quem pensa parecido com a gente. A conversa é leve, há harmonia. Tudo certo. Mas até mesmo em ambientes claramente polarizados, cada indivíduo é único em seu modo de pensar, na construção de suas ideias. Aí surgem os conhecidos conflitos.
Algo que venho pensado sobre isso se baseia nas seguintes perguntas: alguns conflitos são realmente necessários? Preciso necessariamente expor minha opinião sobre o assunto? Isso pode magoar alguém? Um pouco de autocrítica nos faria muito bem quando, de ímpeto, decidimos desencadear verdadeiras cascatas de conflitos.
Viver em um mundo caído e totalmente desorientado, em que opiniões são gritadas de maneira violenta, não deve fazer com que justo nós, cristãos, conhecidos pelo amor, sejamos motivo de constantes intrigas.
Que saibamos conviver com as diferenças, sejamos nós abrigo e verdadeiras fontes de paz em um mundo que já não sabe o significado disso.